Constelações Sistêmicas e Coaching Sistêmico


Como deve ser a postura de um terapeuta de constelação Familiar

28/06/2011 21:36

 

 

 

Como deve ser a postura de um terapeuta de constelação Familiar

 

Acredito que todo terapeuta encontra vários desafios em sua profissão. O terapeuta de constelação não foge a esta regra. Dentre os vários desafios está o de esvaziar-se completamente de crenças e preconceitos para olhar tudo exatamente como é, do jeito que é e reconciliar em seu coração tudo o que se mostra no campo do cliente. É um esvaziar-se em relação às idéias preexistentes, vivencias anteriores sendo no campo do sentimento, da vontade ou do julgamento. Tornar-se perceptivo é fundamental.

É importante que o terapeuta não queira modificar nada do que se apresenta no campo. A ajuda está a serviço da sobrevivência por um lado e da evolução e crescimento por outro.O compromisso do terapeuta constelador deverá ser sempre com o sistema do cliente e não com o cliente em si.

E neste ambiente, como um observador que olha o campo e não julga é que surge a postura fenomenológica que requer um estado de prontidão e maturidade em ser mero observador sem se intrometer.

O destino das pessoas pode parecer um fardo pesado demais pra se carregar aos olhos do terapeuta constelador e o mesmo alimenta então a intenção de modificá-lo. Nem sempre querem modificar porque a outra pessoa assim deseja,mas porque os próprios terapeutas dificilmente suportariam carregar aquele destino em seus ombros.Por isso é necessário adotar a postura de olhar sem julgar e fazer alguma intervenção na medida em que o outro assim permitir.

É importante também que diante de um adulto que precisa de ajuda,o terapeuta se coloque igualmente adulto.

Quanto menos informação o terapeuta constelador obtiver de seu cliente mais força terá a constelação. Por isso é  necessário que o Terapeuta recuse conversas ou questionários prévios.

 É necessário que o terapeuta desenvolva uma habilidade empática  menos pessoal com o cliente e mais sistêmica,ou seja olhar sempre para o cliente e para a família dele(antepassados).

Quando um cliente se queixa de seus pais ou de seus problemas, o terapeuta não deve se aliar a visão do cliente.Se ele deixa aliar-se ,por exemplo, servirá mais ao conflito que a reconciliação.

O terapeuta não deve querer ser melhor do que os pais do cliente. Aquilo que ele, (o terapeuta) consegue  reconciliar verdadeiramente em seu coração também pode reconciliar no sistema do cliente.

À medida que se centra e foca na Constelação, fica mais fácil reconhecer se o cliente quer influenciar o terapeuta  com imagens pré-concebidas,sentimentos secundários ou recusar-se a ver aquilo que começa a se mostrar.

 

Claudiane Tavares

Psicanalista Clínica

Coach Internacional pelo sistema ISOR

Terapeuta Familiar Sistêmica em formação

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